Guilherme Freire - O que atrapalha a cultura de trabalho no Brasil

Guilherme Freire sobre o que atrapalha a cultura de trabalho no Brasil, comentando a mentalidade que enxerga esta atividade como castigo aliada ainda a políticas estatais predatórias, burocracia corporativa e uma educação falha. Acesse aqui a descrição completa.


Classificação: 0 / 5. Votos: 0

Descrição

Nesta live realizada originalmente em 27 de novembro de 2024, Guilherme Freire discorre sobre o que atrapalha a cultura de trabalho no Brasil, comentando a mentalidade que enxerga a atividade profissional de modo geral como castigo aliada ainda a políticas estatais predatórias, burocracia corporativa e uma educação que falha em formar habilidades úteis.

Expondo os entraves à produtividade e ao empreendedorismo em sua exposição, Freire argumenta que o Brasil precisa abandonar a cultura da inveja e da preguiça para valorizar o trabalho como serviço e crescimento.

Trabalho como fardo: uma mentalidade destrutiva

Freire argumenta que o Brasil cultiva uma visão negativa do trabalho, tratado como um peso a ser evitado. “As pessoas enxergam o trabalho como um grande fardo”, diz, citando debates online, como no LinkedIn, sobre reduzir a jornada para três dias por semana, mentalidade que glorificaria a folga e desvaloriza o esforço, sugerindo que o ideal seria trabalhar o mínimo possível – ou até “zero dias”. Isso seria um reflexo de uma cultura que pune quem produz e celebra a inatividade, travando o progresso.

O peso do governo e da burocracia

Outro obstáculo seria o governo predatório, que confisca recursos dos trabalhadores via impostos e inflação. “Quem banca o Bolsa Família? Quem paga o INSS?”, questiona Freire, destacando que são os trabalhadores que sustentam programas sociais e uma máquina pública ineficiente. Ele critica o sistema de CLT e FGTS, que retira dinheiro do empregado para fundos que perdem valor, e aponta o “cabide de empregos” no governo, onde pessoas recebem altos salários sem produtividade, o que caracteriza uma estrutura que desincentiva o trabalho e favorece quem já detém poder.

Educação falha e desprezo por habilidades

A educação moderna também é alvo, a qual seria “pragmática e utilitária”, mas incapaz de formar profissionais competentes. Ainda de acordo com Freire, há uma falta de ênfase em habilidades práticas, como programar ou até mesmo usar Excel, que são “absurdamente” mais valiosas do que títulos acadêmicos.

O maior fator preditivo do sucesso é o conjunto de habilidades que você desenvolve“, afirma, criticando universidades que produzem diplomas, mas não conhecimento útil. De acordo com este raciocínio, investir em leitura e aprendizado contínuo, como o próprio Freire diz que fez com Platão e Shakespeare, é o que diferencia quem prospera.

Inveja e punição à iniciativa

A cultura da inveja é outro entrave, a qual é verificável na medida em que brasileiros que trabalham duro são frequentemente alvos de críticas, enquanto a “vagabundagem” é tolerada. Há também os casos de empresas que criam cargos inúteis, como “head de diversidade” ou reuniões sobre “sentimentos da Geração Z”, desviam o foco da produtividade. Além disto, jovens, especialmente homens, são desencorajados a mostrar iniciativa, punidos por sua “audácia empresarial”, mentalidade que seria influenciada por ideologias como o marxismo e a teologia da libertação, confundindo trabalho com pecado e sabota o empreendedorismo.

O trabalho como serviço e redenção

Inspirado por São José Maria Escrivá, Freire defende o trabalho como um caminho de santificação e crescimento humano. Podemos lembrar também de “Ora et Labora” (reze e trabalhe), lema beneditino, é a base de sociedades prósperas, como a Alemanha, construída por séculos de disciplina.

Ou seja, a ideia de que trabalho é apenas para ganhar dinheiro seria errônea, pois também envolve servir aos outros e buscar excelência, visão minada no no Brasil e em alguns outros lugares do mundo por políticas como ESG e narrativas progressistas, as quais na prática só favorece quem já detém poder, como bancos e grandes corporações.

Em suma, o diagnóstico que Guilherme Freire entrega é de que a cultura de trabalho no Brasil é sabotada por inveja, burocracia, educação deficiente e uma mentalidade que glorifica a preguiça. Pode-se dizer que é também uma forma provocação, desafiando o espectador a abandonar narrativas que punem o esforço e a valorizar o trabalho como serviço e legado.

Para quem quer prosperar, Freire argumenta que é fundamental investir em habilidades, rejeitar a vitimização e lutar contra um sistema que premia a ineficiência. O Brasil só cresce se o trabalho for honrado.


O Guilherme Freire é um professor, conferencista, palestrante e mestre em filosofia brasileiro que já atuou como Secretário Adjunto da Secretaria Nacional da Juventude do Governo Federal e na Secretaria do Planejamento do Governo do Estado do Paraná, além de desempenhar várias outras atividades.

Conteúdo relacionado

Mais informações

Disclaimer: exceto quando explicitado na publicação, não temos nenhuma ligação com o conteúdo divulgado ou seu(s) criador(es). É também interessante notar que, apesar do nome do site, nem todo conteúdo publicado aqui pode ser rotulado como "de direita" ou de algo que o valha. Pode ser simplesmente algo interessante e/ou edificante que mereça ser arquivado ou pra realizar um simples registro histórico. Saiba mais sobre o Direita.TV aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *