1. “Sou contra o aborto, mas se uma mulher quiser abortar, ela deve ter o direito”
Viver em sociedade significa que a vida do outro importa, direta ou indiretamente. Caso contrário, não haveria tantas reivindicações por direitos e solidarização para com o sofrimento e as necessidades alheias. Defender a vida diante da ameaça do aborto não é a imposição de um “achismo” sobre a liberdade do outro. Trata-se, antes de tudo, da proteção de um direito fundamental de primeira ordem (conforme a Declaração Universal dos Direitos do Homem) e anterior a todos os outros, já que se constitui em pré-requisito à existência e exercícios de todos os demais. O direito à vida é assegurado, de forma categórica, no art. 5º caput da CF/88, no art. 2º do Código Civil e no art. 4º do Pacto de São José da Costa Rica.
Se alguém te dissesse: “” Não apoia a escravidão? Não escravize, mas também nào impeça aqueles que se veem no direito de o fazer…” Você aceitaria?
2. “Deve-se legalizar o aborto para diminuir a mortalidade de mulheres nas clínicas clandestinas”
A função do estado não é auxiliar a mulher a tirar a vida de seu filho de forma “segura”, mas dar a ela condições de bem exercer sua maternidade — por meio de uma gestação e posterior criação — para, com isso, salvaguardar ambas as vidas. Ademais, caso a mulher saia viva da prática do aborto, segundo famoso estudo realizado pela Bowling Green State University [1], o risco de abuso no consumo de maconha aumenta 200%; o de álcool, 110%; o de cair em depressão, 37%; os problemas de ansiedade, 34%; suicídio, 42% [2].
- “Aborto y Salud Mental: Síntesis quantitaiva y análisis de investigaciones publicadas entre 1995-2009.”
- David M. Ferguson – Professor of Phychology at the University of Otago.
3. “O feto é um amontoado de células”
Não existe um marco de transição do “não ser” ao “ser” durante o desenvolvimento fetal. A Embriologia Humana [1] demonstra que o bebê dita seu próprio desenvolvimento desde a concepção, guiado pelo código genético, até o momento da sua morte, seja intra ou extrauterina. Estabelecer critérios de demarcação do início da vida que não sejam o da concepção significa permitir definições relativas, como, por exemplo, atividade cerebral e cardíaca, que poderiam ser aplicados inclusive a adultos vítimas de coma ou que fazem uso de marca-passo.
E se o estado definisse que você não merece viver ou que não é um ser humano? Não foi o que aconteceu com o nazismo?
- University of New South Wales – Timeline human development embriology.
4. “Não há como saber se é ou não uma vida”
A partir desse argumento, a única opção racional seria a de não abortar. Diante da possibilidade de ser ou não uma vida, apenas um perverso aceitaria uma ação que jogasse com o risco de estar assassinando alguém.Se voc6e estivesse com uma arma apontada pra cabeça do seu filho e você não soubesse se há ou não uma bala na arma, você ainda assim dispararia para jogar com a possibilidade de estar descarregada?
“A liberdade não é somente um direito que se reclama para si próprio: ela é também um dever que se assume em relação aos outros.”
5. “Meu corpo, minhas regras.”
Quando o bebê deixaria de ser parte do corpo da mulher? Até o instante antes de nascer” Se o bebê fosse parte do corpo da mulher, o aborto seria uma mutilação. Tanto isso não é verdade, que todos os órgãos da mulher permanecem após o procedimento. Se não é uma mutilação, o bebê é outra vida, com outro corpo, outro DNA e, assim, a mulher que o abriga não pode ser senhora absoluta das regras. E mesmo que o aborto fosse uma mutilação, não se mutila pessoas só por gosto, mesmo que o paciente o queira.
E aquela história de que a “liberdade de um deve ser limitada para preservar a do outro”, aqui não se aplica?
Esta publicação traz respostas a cinco questões acerca do aborto que são repetidas ad nauseam pelos apologistas do assassinato de bebês inocentes encontradas num folheto sem registro de autoria que, segundo a fonte, teria misteriosamente aparecido numa cidade brasileira em portas de colégios, universidades etc.
O texto original encontra-se reproduzido aqui ipsis litteris, sem adaptações ou observações nossas.
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