Olavo de Carvalho – Ocultismo

Olavo de Carvalho fala sobre o Ocultismo, demonstrando que,não houve uma revolução científica durante o Iluminismo, mas sim uma revolução das forças ocultas. Também fala dos efeitos do iluminismo nos dias de hoje. Acesse aqui a descrição completa.


Classificação: 0 / 5. Votos: 0

Descrição

Neste trecho de alguma de suas aulas do Curso Online de Filosofia, Olavo de Carvalho (1947-2022) fala brevemente sobre o Ocultismo, demonstrando que, ao contrário do que o senso comum tende a acreditar, não houve uma revolução científica durante o Iluminismo, mas sim uma revolução das forças ocultas.

Nesta exposição, Olavo argumenta que o ocultismo continuou a influenciar o desenvolvimento das ciências e das filosofias modernas, apesar de ser velado por uma camada de aparente objetividade e racionalidade.

O desejo de ocultar o ocultismo

Olavo começa abordando o desejo generalizado de ocultar o próprio ocultismo, apontando que, enquanto muitos criticam essas práticas, elas continuam impregnadas em diversas estruturas sociais e filosóficas. Ele questiona a tentativa de substituir a presença real dos objetos por suas representações matemáticas, alegando que a matematização, por si só, não explica a essência das coisas.

“Se você tiver todas as características quantitativas de uma coisa, ainda assim não saberá o que ela é.”

As três mentiras sobre o Iluminismo

Olavo de Carvalho destaca três grandes falsificações que, segundo ele, fundamentam a história moderna da ciência:

  1. A matematização dos objetos: o autor critica a ideia de que é possível compreender a realidade apenas por meio de suas medidas quantitativas, pois a essência das coisas vai além de números e equações, necessitando de uma compreensão mais profunda, como na filosofia aristotélica.
  2. A revolução ocultista: segundo Olavo, não houve uma ruptura entre o Iluminismo e o ocultismo, o qual simplesmente simplesmente foi encoberto e continua presente, influenciando a ciência moderna. À medida que as pesquisas avançam, isso fica cada vez mais evidente. Essa perspectiva sugere que as bases ocultistas da ciência moderna são ignoradas ou mal interpretadas, contribuindo para a perpetuação de um entendimento superficial da realidade.
  3. A falsificação da história da ciência: Olavo aponta que a história da ciência foi falsificada, criando uma narrativa em que o ocultismo é apagado ou reinterpretado para parecer uma mera superstição do passado, quando na verdade ainda está embutido nas ideias contemporâneas. Essa reinterpretação seria parte de um processo mais amplo de desinformação que afeta não apenas a filosofia, mas a cultura em geral.

O mundo como teatro

Um dos conceitos centrais apresentados por Olavo de Carvalho é a ideia de que o mundo moderno, a partir do Iluminismo, passou a ser visto como um grande teatro, mencionando autores como Descartes, que, ao escrever sua obra científica, mesclava ficção e realidade, criando uma concepção teatral do mundo onde as fronteiras entre verdade e invenção se tornaram nebulosas. Essa “teatralização” da realidade leva a uma desconexão entre o conhecimento científico e as verdades mais profundas sobre a existência.

A posição ideal do brasileiro

Um dos pontos mais marcantes dessa aula é a defesa que Olavo faz da “liberdade mental” do brasileiro. Ele acredita que o Brasil, por estar em uma posição periférica em relação às tradições europeias, possui uma liberdade única para criticar e absorver diversas tradições, sem estar preso a elas. Olavo destaca que figuras como Mário Ferreira dos Santos, um filósofo brasileiro que transitava entre diferentes tradições filosóficas com grande liberdade, exemplificam essa flexibilidade intelectual característica do Brasil.

“Se você nasceu brasileiro, agradeça por isso! Nada te posiciona melhor em relação ao mundo e às ideias do que a liberdade mental própria de um povo que não está preso a nenhum tipo de tradição moderna confusa e limitante.”

Essa liberdade, segundo Olavo, permite que os brasileiros analisem criticamente as tradições que herdaram e façam escolhas conscientes sobre o que incorporar em suas vidas. Ele afirma que o fenômeno cultural brasileiro é um espaço fértil para a reflexão filosófica e a integração de ideias, permitindo um diálogo enriquecedor entre diferentes correntes de pensamento.

Conclusão

Olavo de Carvalho, ao explorar o ocultismo e suas implicações na história da ciência, nos convida a repensar a forma como entendemos o conhecimento e a tradição. Sua perspectiva desafia a narrativa dominante e nos provoca a considerar as raízes ocultas que moldam o nosso entendimento do mundo. Em um momento em que a liberdade de pensamento é frequentemente cerceada, a abordagem crítica de Olavo ressalta a importância de explorar as tradições sem a necessidade de se submeter a elas.


Minutagem

  1. 00:00 – o desejo de ocultar o ocultismo;
  2. 00:28 – A 1ª mentira: a matematização dos objetos;
  3. 01:50 – A 2ª mentira: a revolução ocultista;
  4. 02:16 – A 3ª mentira: a falsificação da história da ciência;
  5. 02:40 – O mundo como teatro;
  6. 03:24 – Os efeitos do iluminismo nos dias de hoje;
  7. 04:10 – A posição ideal do brasileiro;
  8. 04:59 – O fenômeno Mário Ferreira dos Santos;
  9. 06:26 – Gilberto Freyre e a liberdade mental brasileira.

P.S.: este vídeo foi publicado originalmente em 19 de janeiro de 2024, no que parecer ser o canal oficial do Seminário de Filosofia.

Conteúdo relacionado

Mais informações

Disclaimer: exceto quando explicitado na publicação, não temos nenhuma ligação com o conteúdo divulgado ou seu(s) criador(es). É também interessante notar que, apesar do nome do site, nem todo conteúdo publicado aqui pode ser rotulado como "de direita" ou de algo que o valha. Pode ser simplesmente algo interessante e/ou edificante que mereça ser arquivado ou pra realizar um simples registro histórico. Saiba mais sobre o Direita.TV aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *