Descrição
Neste vídeo do canal L de Liberdade, originalmente publicado a 20 de agosto de 2024, é apresentado o grande e fascinante embate filosófico entre o gigante Clive Staples Lewis (1898–1963), um dos maiores escritores e apologistas do século XX, e a turminha da Escola de Frankfurt, fazendo uma análise que traz à tona o contraste entre a visão de mundo entre seus pensamentos, especialmente no que tange à moralidade, repressão e liberdade.
A Escola de Frankfurt, no seu afã de renovar o marxismo, buscou expandir a luta revolucionária para além da classe operária, focando em novos grupos sociais e tentando transformar a superestrutura cultural. Marcuse, por exemplo, argumenta em Eros e Civilização que a sociedade está presa a uma repressão dos instintos humanos devido à escassez de recursos, defendendo que a libertação dessas pulsões levaria a uma sociedade ideal. Para ele, a repressão é sempre negativa, e a liberdade plena de instintos, sobretudo sexuais, seria a chave para a verdadeira felicidade e liberdade.
Por outro lado, C.S. Lewis, em A Abolição do Homem, refuta essa ideia, afirmando que os instintos, por si só, não podem guiar o ser humano. Ele argumenta que o homem possui muitos instintos conflitantes e que, para escolher entre eles, é necessário seguir uma hierarquia que só pode ser fornecida por um sistema moral. Lewis propõe o conceito de “Tao” como uma espécie de Lei Natural que guia o comportamento humano de forma universal e transcendente.
Esse embate entre a utopia esdrúxula de Marcuse e a defesa de uma moralidade superior de Lewis reflete duas visões de mundo diametralmente opostas. Enquanto os filósofos de Frankfurt viam a moralidade tradicional como um grilhão que aprisiona o homem, Lewis via essa moral como a essência da civilização humana, sem a qual nos tornaríamos escravos dos nossos próprios instintos.
O vídeo também explora como os teóricos da Escola de Frankfurt, ao propor a liberação dos instintos, ignoravam o risco de criar uma sociedade autoritária, em que a liberdade plena, paradoxalmente, resultaria em novas formas de opressão, algo visto em Admirável Mundo Novo, por exemplo. O contraste entre esses pensadores, portanto, revela uma luta ideológica que vai além de simples questões políticas, tocando nos fundamentos da moralidade, liberdade e natureza humana.
Os intelectuais da Escola de Frankfurt de fato conseguiram reviver o marxismo, transformando um movimento à beira do fracasso em um fenômeno que vai além do proletariado. Para esses sujeitos, se a classe trabalhadora não estava disposta a servir aos interesses da revolução, então eles deveriam achar outros grupos com potencial revolucionário. Olavo de Carvalho, entretanto, faz uma forte crítica à dialética negativa, ‘o mal como força fundamental da história’, a base do pensamento da Escola de Frankfurt.
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- Duração: 11:28
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- Canal: L de Liberdade
- Marcador(es): C.S. Lewis, Escola de Frankfurt, Filosofia, Marxismo
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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