Olavo de Carvalho - Do inverossímil ao banal

Olavo de Carvalho explica como uma ideia inicialmente absurda vai se tornando aceitável para a maioria das pessoas e como isso é usado largamente pelos movimentos esquerdistas em todo o mundo ocidental. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Neste trecho do seu programa True Outspeak exibido originalmente no dia 6 de julho de 2009, o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho (1947-2022) explica como uma ideia inicialmente absurda vai se tornando aceitável para a maioria das pessoas e como isso é usado largamente pelos movimentos esquerdistas em todo o mundo ocidental.

Este processo é descrito por ele como a passagem “do inverossímil ao banal”.

O escândalo seletivo

Olavo abre comentando a hipocrisia da FIFA e de setores da opinião pública ocidental que condenam atos simples de devoção cristã em ambientes como o futebol, mas não se incomodam com exibições escancaradas de nudez e erotismo em eventos como paradas gays, mesmo na presença de crianças. A crítica aqui é direta: a ofensa à moralidade cristã é tolerada ou mesmo incentivada, enquanto a expressão de fé é reprimida sob o pretexto da inclusão e do respeito a minorias religiosas ou não religiosas.

“Você reza, Maria um Pai Nosso, isso ali ofende profundamente a sensibilidade dos ateus, muçulmanos etc. Agora, essa turma do Parada Gay… isso é normal.”

A engenharia social e o mecanismo da banalização

O ponto central do trecho vem logo em seguida: Olavo detalha como funciona o processo de naturalização do absurdo. Primeiro, nega-se que o fato esteja ocorrendo; depois, minimiza-se sua importância. Quando finalmente se torna inquestionável, já foi absorvido como “parte da paisagem”.

“Primeiro você nega que esteja acontecendo, depois você diz: ‘ah, mas não tem nada demais’. Você se adapta. É assim que se faz.”

Esse é o coração do método revolucionário moderno: o absurdo inverossímil é repetido até tornar-se banal, e a população, desorientada e bombardeada, perde a capacidade de reagir, quadro que resulta na implantação de uma nova moralidade imposta contra a vontade popular.

“É obra de engenharia social calculada para impingir à população uma mudança que é contrária aos valores dela.”

O caso da pedofilia e a usurpação judicial

Para ilustrar o ponto, Olavo relata um caso que à época causou polêmica: a absolvição de um homem que havia tido relações sexuais com uma menina de 12 anos, sob a justificativa de que um artigo do código penal havia sido revogado. Inicialmente, Olavo recua em sua crítica ao judiciário, achando que os juízes estavam apenas aplicando a lei conforme alterada. Mas um ouvinte o corrige: a presunção de violência continua vigente para menores de 14 anos.

Olavo retoma então sua postura combativa:

“Eles absolveram contra a lei. Devem ser retirados dos seus cargos a pontapés.”

E vai mais longe, recusando qualquer respeito formal às autoridades que ele julga estarem colaborando com o mal:

“Tu não é juiz merda nenhuma. Tu é um criminoso, filha da pouta. Teu lugar é na cadeia.”

O alerta: a hora de reagir é agora

Olavo fecha exortando a resistência: a hora de reagir é no começo, quando a ideia ainda parece absurda, não quando já virou norma. Segundo seu raciocínio, a pedofilia será normalizada, como outras pautas revolucionárias foram, e que os cidadãos de bem não podem mais assistir passivamente à destruição da civilização.

“Vocês têm que reagir quando a coisa está começando. Não é depois que o negócio já virou institucional.”

Conclusão

O conceito de “do inverossímil ao banal” é uma chave para compreender o avanço do pensamento revolucionário nos últimos séculos, apresentada aqui por Olavo de Carvalho com sua retórica cortante e sem filtros, como um alerta final a uma população que, muitas vezes, só acorda quando já é tarde demais.

“Reagir depois que você já foi condicionado, desarmado e cercado é quase impossível.”


True Outspeak de 6 de julho de 2009

Este corte foi publicado originalmente em nosso canal em 14 de janeiro de 2013. Ele foi tirado, como dito acima, da edição do podcast True Outspeak de 6 de julho de 2009, qual pode ser escutada no vídeo a seguir (embora o título do vídeo diga que seja do dia primeiro daquele mês):

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